terça-feira, 3 de junho de 2014

Episódio 2 da série Radical Flow!

O segundo episódio da série Radical Flow continua o tema do Flow Trough the Shores continuando a falar sobre a prática do BTT na Serra de Sintra, mas desta vez foca-se especialmente na vertente do "Freeride"!

Esta é uma prática do BTT que como o nome indica tem o carácter de não possuir regras delineadas e ser uma forma dos praticantes explorarem as suas capacidades e interagi-las com os obstáculos que os trilhos oferecem. Pode se dizer que centra-se no conceito mais básico do BTT de simplesmente se divertir e buscar o Flow! Essa busca de desafios varia conforme as capacidades técnicas do ciclista, sendo desse modo a vertente que leva o BTT aos extremos e às manobras mais radicais que se podem realizar numa bicicleta.

Este episódio busca mostrar um pouco esse meu lado na pratica do BTT, onde eu procuro ir testando os meus limites para alcançar o Flow e a experiência de viver o momento pleno. Desta vez o vídeo apresenta também perspectivas na terceira pessoa que permite uma visão mais plena dos meus movimentos e do ambiente em redor. Novamente com músicas originais e montagens únicas este promete ser uma experiência mais intensa que a primeira! Desfrutem do segundo episódio e não se esqueçam de meter like e subscreverem o canal do youtube para  acompanharem os próximos episódios ;)




GeoCaching-Caça ao tesouro com GPS parte 2

Existem vários tipos de Caches, variando desde a sua natureza (tradicional, mistério, multicache), tamanho, forma, dificuldade de terreno e dificuldade de esconderijo. E apesar dos GPS modernos serem bastante precisos estes possuem sempre uma margem de erro de 3 a 1 metro, razão pela qual uma vez estando no local marcado não significa que a cache encontra-se directamente à vista, na maior parte das vezes está escondida algures nas redondezas. A razão para tal serve não só para tornar a sua procura mais apelativa e desafiadora mas também para a proteger dos "muggles", apelido dado aos não praticantes de GeoCahing e que como tal não tem conhecimento do jogo e poderão vandalizar, roubar ou retirar a cache do sítio.

Cabe sempre também ao dono da Cache (pessoa que a escondeu e registou a sua localização) assegurar a manutenção da mesma e de tempos em tempos averiguar o seu estado e reportar qualquer problema no site oficial do Geocaching. Contudo estando a cache escondida encontra-se sempre mais protegida.

Para quem se inicia no GeoCaching por vezes poderá ser bastante difícil encontrar a cache no local, contudo consoante também o nível de dificuldade do esconderijo, existem sempre pistas ao redor que revelam a sua localização.

Pistas de esconderijos de Caches:


Mais difícil do que encontrar algo escondido é encontrar algo escondido sem saber o que se está à procura. Um contentor de cache pode vir de várias formas e feitios, algumas poderão ser bastante simples e óbvias (caixa, tupperware) outras bastante criativas e camufladas no ambiente (tronco vazio, estojo, lata, ténis). Por vezes inclusive algumas caches poderão inclusive ser confundidas por lixo para um "muggle" ou novo Geocacher, contudo para um Geocacher experiente este irá reparar logo nos pormenores que indicam que esse objecto é uma Cache.

O esconderijo em si é a primeira grande pista. Um aglomerado de pedras, de vegetação morta, de troncos, que se destaca claramente no local demonstra todas as indicações de existir uma cache por debaixo.




Um buraco por baixo de uma pedra ou de um tronco cuidadosamente tapado por pedras ou vegetação morta é um outro grande sinal que poderá estar uma cache por debaixo.


Estes contudo poderão ser bastante óbvios como mais subtis e difíceis de perceber, contudo qualquer buraco tapado é sempre suspeito.


Uma regra do GeoCaching é não poder enterrar uma cache, nesse sentido as caches encontram-se sempre acima do solo. Como tal para escondê-las muitas vezes os donos das caches procuram esconderijos naturais já existentes como buracos, reentrâncias, covas, que tenham dimensões para albergar o contentor. Uma dica que ajuda é pensar não como quem está à procura mas como quem quer esconder, ou seja, "se eu fosse esconder uma cache neste local onde a esconderia?". Analisando todos os esconderijos naturais ao redor e tendo em conta se estão cuidadosamente tapados ou não, rapidamente se descobrirá o esconderijo da Cache.

É de salientar que normalmente as caches encontram-se ao nível do chão, contudo poderão encontrar-se acima como em cima de um tronco ou pedra, mas nunca fora de alcance. Se tal for o caso a descrição da cache no site explicita claramente os obstáculos inerentes ao seu alcance e o que é necessário em níveis de equipamento para a alcançar.

Se mesmo assim alguns sítios o encontrar do esconderijo continuar a ser difícil ou não exista nenhum esconderijo claro, normalmente na descrição das caches estas possuem sempre uma dica ou pista para encontrar, como "tronco caído", "10 passos para sul", "toca". Algumas poderão ser uma grande ajuda  outras nem sempre ajudarão muito consoante a dificuldade da cache.


Contentores de Caches:


Conseguindo encontrar os esconderijos mais prováveis resta saber se aquela caixa de plástico que lá estava era um contentor de Cache ou apenas lixo. Em primeiro lugar um contentor de Cache tem de estar sempre assinalado como tal no seu loogbook, e possuem muitas vezes inclusive um papel no seu interior com a indicação que aquele objecto é uma GeoCache e que faz parte do jogo do Geocaching, como um apelo aos "muggles" para não a danificarem ou a removerem do sítio.

Dessa forma na dúvida uma forma de averiguar é abrir a caixa e ver o que tem dentro. Se possuir um logbook (pode vir em vários formatos desde pequeno bloco de notas, pequeno caderno, rolo de papel, etc) e o símbolo do GeocaChing, bingo encontraram a cache. Algumas microcaches (Caches de tamanho bastante pequenos) não tem espaço para albergar no seu interior um logbook tradicional e como tal este poderá ser apenas uma tira de fitas ou a própria folha de identificação de cache como demonstrada em cima.


O próprio contentor por si também poderá revelar se se trata de uma cache ou não. Por norma para proteger o conteúdo da cache das chuvas o contentor costuma estar em volto em um saco de plástico preto, ou dentro de um saco transparente de ziplock. Nesse sentido um pequeno saco preto a revelar-se por entre a vegetação ou pedras é um forte indicador que se trata de uma cache. Normalmente as caches destacam-se bastante bem do ambiente ao redor, um ovo de plástico (contentor dos ovos kinder por exemplo) escondido cuidadosamente por debaixo de uma pedra no meio de uma floresta não está ali por acaso, o que diferencia desta forma claramente do lixo que está espalhado em qualquer lugar sem nenhuma ordem ou razão. As caches normalmente também estão bem cuidadas, poderão estar sujas ou molhadas consoante as chuvas mas normalmente encontram-se em boas condições sem estarem danificadas. 

O contentor das caches por si também varia consoante a sua dificuldade, mas os objectos mais comuns costumam ser tupperwares, caixas de ovos kinder, caixas de rolo de fotos, latas, mas podem inclusive ser objectos únicos criados pelo dono com algum tema associado ou apenas por sentido artístico, ou inclusive para se camuflar com o ambiente (troncos vazios, caixas pintadas).






As caches são caracterizadas também consoante o seu tamanho desde Micro (menos de 100ml de volume), Pequena (entre 100ml a 1litro), Regular (1litro a 20litros), Grande (mais de 20litros) ou Outro (tamanho não defenido ou com caracteristicas unicas), este ultimo normalmente possui informações detalhadas sobre essa condição. Os tamanhos das caches são representadas através dos símbolos:



Qualquer objecto poderá ser uma cache desde que esteja identificado como tal e possuía um loogbook, contudo nas multicaches e caches mistério em que existem mais que um contentor associado a um ponto de GPS, alguns desses contentores poderão não possuir logbook e apenas as coordenadas ou pista para encontrar a Cache verdadeira, que por si já possui um logbook.


Dificuldades e obstáculos:


O GeoCaching é um jogo que permite fazer as vontades de todos, desde os caminhantes ocasionais aos mais aventureiros e como tal pode envolver vários obstáculos ou factores de risco. Algumas caches podem ser bastante acessíveis, outras bastante difíceis de chegar podendo ser necessário equipamento próprio como material de escalada, de mergulho, lanterna, etc. Associado a cada cache existe sempre a lista de atributos que explicitam as condições sobre o local, desde o que é permitido ou não permitido, equipamento necessário, perigos, facilidades entre qualquer informação que possa ser relevante.



Esta lista também pode ser vista mais especificamente através do link:
http://www.geocaching.com/about/icons.aspx

A lista encontra-se sempre na página da Cache e deve sempre ser consultada de forma a preparar a sua busca.

Preparar actividades de GeoCaching


Para praticar GeoCaching é necessário fazer uma preparação mínima que consiste nem que seja a recolher as coordenadas das caches a procurar. Com as aplicações de GeoCaching para smartphone é possível conectar-se à internet em qualquer e procurar as caches que se encontram nas imediações, podendo se realizar dessa forma um "GeoCaching instantâneo". Contudo tal só é aconselhado para caches simples com percursos ligeiros e fáceis condições, quando o desafio é maior melhor deve ser a preparação.

Raras serão as vezes em que um GeoCacher sai para encontrar apenas uma Cache específica, se existem várias caches ao redor e a caminho porque não procurá-las também. Fazer uma preparação prévia contudo permite ver à partida todas as caches que se encontram no local e permite então planear uma prática de GeoCaching mais completa.

Preparar uma actividade de GeoCaching consiste em primeiro lugar definir o local onde se quer realizar, o tempo disponível para tal e as caches que se pretende encontrar. Consultando o mapa mundial das Geocaches pode se ter uma noção das disposições das mesmas em relação umas às outras e desse modo poder planear um percurso que vá de encontro às várias caches que pretendemos encontrar. É necessário contudo ter em conta os trilhos e estradas que existem no terreno, algumas caches podem estar bastante próximas mas não possuírem nenhum caminho directo entre elas. 

Na descrição de cada Cache existe um pequeno mapa com as indicações de como chegar nas imediações da mesma, desde os acessos de automóvel (ou outro veículo) até aos trilhos que levam ao local. Analisando esses vários aspectos é possível ver que caches possuem acessos comuns e como tal são as mais indicadas de se procurar de uma só vez.

Tendo em conta depois o tempo que pretendemos despender (1hora, uma manhã, um dia) podemos planear o nosso percurso para ser mais ou menos abrangente com uma apropriada quantidade de Caches para encontrar. É necessário ter em conta o tempo que cada cache poderá exigir para a sua descoberta sendo que este pode variar consoante a sua dificuldade. Normalmente se for de fácil descoberta (menos de 1 hora), encontra-se assinalada como tal nos seus atributos, caso contrario poderá ser necessário mais tempo. Tal facto faz com que uma caminhada de 3km por exemplo possa demorar o dobro do tempo normal para ser realizada. Algo a ter em consideração no planeamento.


Percursos de Caches


A antever já este processo de preparação de actividades de GeoCaching, alguns proprietários de Caches podem decidir criar um percurso pré-estabelecido de encontro às suas várias caches. Nestas situações o percurso já está criado e o GeoCacher tem apenas de seguir cache a cache o seu caminho. Podem ser alternativas interessantes visto muitas vezes as várias caches estarem associadas a algum tema e o percurso estar já planeado para passar por zonas de interesse. Alguns percursos podem possuir igualmente caches mistério cujo segredo só é possível de descobrir uma vez tendo descoberto todas as caches do percurso primeiro. 

Apesar de num percurso cada cache ser individual e poder ser descoberta em separado, poderão existir percursos que se tratam no fundo de multicaches gigantes, cuja cache seguinte só poderá ser encontrada uma vez encontrada a anterior. 

Os percursos de Caches poderão variar bastante consoante dimensões mas em geral as caches não costumam ser de dificuldade muito elevada, principalmente se existem um elevado número das mesmas, de modo a controlar o tempo que poderá ser necessário para a realização do percurso. Em Sintra existe um percurso que percorre quase toda a serra. Chamado de Sintra Power Trail este percurso contem 50 caches espalhadas em 18km de extensão. Apenas os mais experientes conseguem encontrá-las todas num dia.

Com mais umas dicas para encontrarem GeoCaches certamente agora conseguirão encontrar muitas mais e poderão preparar-se melhor para as vossas actividades.
Quando tiverem já perto das 100 caches encontradas no vosso reportório então estarão prontos para o próximo nível, criar e esconder as vossas próprias caches!
Estejam atentos ao próximo artigo onde explicarei como criar as vossas caches, dicas para as esconder e muito mais. Falarei também sobre GeoCoins, travel bugs e outros trackables, se estes nomes parecem vos estranhos não se preocupem que no próximo artigo explicarei tudo.

Ate lá boas aventuras!