Independente da série "Flow trough the shores" a Radical Flow irá produzir também uma série de vídeos destinados apenas a comentar e a analisar as várias descidas de Freeride/Downhill ou Cross Country da Serra de Sintra e arredores.
Além dos vídeos que poderão ser acompanhados no canal do youtube, estes também poderão ser vistos no blog juntos com uma descrição mais detalhada dos trilhos.
Esta primeira edição será sobre o trilho Dimas.
Dimas
Provavelmente a descida mais longa de Freeride da Serra de Sintra, actualmente com 2.1km tem em vista ser estendido para 2.66km descendo desde o pico do Monge até à barragem do Rio da Mula.
O seu nome é uma homenagem ao seu construtor e idealizador Diamantino que faleceu e o deixou como legado.
É um trilho de dificuldade nível Verde na sua maioria, podendo as secções iniciais serem consideradas nível Azul devido ao desnível acentuado e zonas mais técnicas.
A respeito da classificação do nível de dificuldade esta é semelhante à classificação internacional das pistas de ski/snowboard por cores segundo a sua dificuldade técnica que vão do:
Verde-Fácil, declives pouco acentuados, saltos e drops de pequenas dimensões e com escapatória, saltos de mesa (tabletop), piso pouco irregular sem secções técnicas ou de trialeira.
Azul-Médio (em algumas classificações pode vir referido como difícil), declives já com uma acentuação moderada, saltos e drops (<2m de altura) de maiores dimensões (saltos de mesa e duplos) mas com escapatória, piso irregular com algumas secções técnicas ou de trialeira.
Vermelho-Dificil (em algumas classificações pode vir referido como Muito dificil), declives bastante acentuados, saltos e drops (até 5m) de grandes dimensões (saltos duplos, step ups e step down's, com gaps) sem escapatória, piso bastante irregular com secções técnicas ou de trialeira, shores técnicos, skinnies.
Preto- Muito Difícil (em algumas classificações pode vir referido como Extremo), declives bastante acentuados, saltos e drops (5m para cima) de grandes dimensões (saltos duplos, step ups e step down's com gaps) sem escapatória, piso bastante irregular com secções de trialeira muito técnicas, shores técnicos e extremos, skinnies, qualquer obstáculo extremo.
O trilho subdivide-se em 3 secções oficiais (com mais duas não oficiais por vir), que cruzam estradões de terra batida e estrada de alcatrão.
Dimas I
A primeira secção tem início a meio da subida de estradão que vem dos Capuchos para o Monge. Antes de chegar ao monumento dos bombeiros existe um outro estradão à esquerda, ao virar nesse estradão uns metros mais à frente logo quando este começa a descer existe um pequeno singletrack à esquerda a sair da estrada, essea é a entrada para o trilho. Esta primeira secção denominada por Dimas I tem à volta de 360m de extensão e é considerada de nível Azul devido a alguns declives mais acentuados logo no inicio e mais perto do fim da secção.
Acompanha o trajecto de uma linha de água passando ao lado de duas minas de água. Possui dois saltos a chegar ao fim da secção, um sobre um tronco caído com cerca de 0.5m de altura e outro logo mais à frente mais ou menos com as mesmas dimensões. Ambos os saltos possuem escapatória.
Contudo e devido às quedas frequentes de árvores esta recta final costuma ficar bloqueada e como tal existe uma passagem alternativa para a estrada em baixo logo junto ao primeiro salto. A secção por fim termina na estrada de alcatrão que vai da Malveira ou Peninha aos Capuchos.
Acompanha o trajecto de uma linha de água passando ao lado de duas minas de água. Possui dois saltos a chegar ao fim da secção, um sobre um tronco caído com cerca de 0.5m de altura e outro logo mais à frente mais ou menos com as mesmas dimensões. Ambos os saltos possuem escapatória.
Contudo e devido às quedas frequentes de árvores esta recta final costuma ficar bloqueada e como tal existe uma passagem alternativa para a estrada em baixo logo junto ao primeiro salto. A secção por fim termina na estrada de alcatrão que vai da Malveira ou Peninha aos Capuchos.
Dimas II
A segunda secção tem início logo em frente ao final da primeira, numa descida paralela à estrada de alcatrão. Possui 250m de extensão e é considerada de nível Azul devido a alguns declives mais acentuados e alguns obstáculos técnicos. A descida de entrada é bastante acentuada e de algum cariz técnico terminando num pequeno drop de pedra natural.
De seguida o trilho serpenteia entre as árvores com alguns "switchback" mais apertados (curvas de 180º) e a meio da secção existe um shore que atravessa uma grande pedra cerca de 1m de altura ao solo. O shore consiste numa rampa a subir para a pedra e numa rampa a descer, não é necessário qualquer tipo de salto para o transpor e existe escapatória. De salientar que a entrada para a rampa está ligeiramente desviada em relação ao trilho sendo necessário prever a trajectória com alguma antecedência. O trilho por fim termina num estradão de terra batida que desce dos Capuchos à Barragem da Mula.
De seguida o trilho serpenteia entre as árvores com alguns "switchback" mais apertados (curvas de 180º) e a meio da secção existe um shore que atravessa uma grande pedra cerca de 1m de altura ao solo. O shore consiste numa rampa a subir para a pedra e numa rampa a descer, não é necessário qualquer tipo de salto para o transpor e existe escapatória. De salientar que a entrada para a rampa está ligeiramente desviada em relação ao trilho sendo necessário prever a trajectória com alguma antecedência. O trilho por fim termina num estradão de terra batida que desce dos Capuchos à Barragem da Mula.
Dimas III
A terceira secção é a mais extensa de todo o trilho, com uma extensão completa de 1.3km. Mais conhecido como "trilho das pontes" é muito frequentado por praticantes de BTT de diversas modalidades, caminhantes pedestres e corredores. Foi apelidado por esse nome devido às inúmeras pontes de madeira que surgem a cruzar a ribeira da mula. O trilho serve inclusive de extensão final comum a vários outros trilhos como o "Kamikaze" e o "Kamikaze extreme", possuindo vários pontos de entrada. Seguindo o trilho Dimas existem duas entradas possíveis, uma logo de seguida à secção Dimas II e outra mais embaixo seguindo o estradão que desce à barragem da mula pela vertente Este da Serra.
Entrada de cima:
Seguindo a entrada de cima esta secção de união é de dificuldade azul devido a algumas zonas de declive mais acentuado. Mas uma vez chegando à secção principal esta já é de dificuldade verde com um declive pouco acentuado. Contudo ainda possui alguma dificuldade técnica devido às inúmeras curvas apertadas por entre as árvores e raizes, sem contar com as passagens pelos shores rasteiros que ainda assim requerem alguma perícia mínima.
Ao longo do trilho existem ainda alguns saltos pequenos mas sempre com escapatória e de dificuldade baixa.
Ao longo do trilho existem ainda alguns saltos pequenos mas sempre com escapatória e de dificuldade baixa.
É de salientar também algumas passagens mais estreitas sobre a ribeira, algumas das quais possuem shores de apoio.
O trilho por fim termina na barragem da mula num estradão por detrás. Além da vista fantástica a barragem possui também umas escadinhas a descerem para o parque de estacionamento, apesar de não serem as mais indicadas para qualquer bicicleta é um desafio divertido descê-las.
Podem ver em baixo o vídeo da descida completa do trilho, com os meus comentários nos diversos obstáculos e secções.
Nota: No video existe um lapso, a certo ponto nos comentários eu digo que os pontos de acesso para o trilho são o Cruzamento dos capuchos ou a Malveira, não é a Malveira mas sim a Peninha.
Estejam atentos aos próximos artigos e vídeos, a próxima edição do Flow Trough the Shores abordará também a descida do Dimas mas noutra perspectiva e com músicas novas.